Essa é uma história sobre nossa autorresponsabilidade e quando precisamos assumir a nossa “culpa” ou melhor, nosso papel, dentro de situações que foram traumáticas.
Na semana passada estive em um bate papo sobre constelação familiar, o papel dos pais no sucesso dos filhos. A facilitadora trouxe um conceito sobre pedir desculpa e/ou perdão, ela disse que quando fazemos isso tiramos a nossa responsabilidade por nossos atos e transferimos o peso para o outro e eu achei genial.
DESCULPA, DES culpa, como minha irmã disse, é você voltar atrás na culpa.
Quantas vezes fazemos algo que magoou alguém, sabemos disso, pedimos desculpa e o problema acaba virando da pessoa por quê ela tem que aceitar que a sua parte você já fez, e quando ela não consegue “superar” o ocorrido, você fala “mas eu já te pedi desculpa!!!”.
Quantas vezes alguém faz isso com você e por mais que você ainda ame e respeite aquela pessoa, não consegue desculpar aquela atitude, mas claro, um pedido de desculpas nós temos que aceitar, certo? E então eu fico remoendo aqui toda essa carga sozinhx. Pois é, nós não temos que aceitar.
Não estou falando aqui que não devemos perdoar, não devemos seguir em frente e temos que viver sempre ressentidos pela atitude de alguém. Mas se responsabilizar pelas suas atitudes e deixar que o outro se responsabilize pelas deles, gera a possibilidade de refletir sobre o que fizemos, gera a oportunidade de mudarmos.
Uma sugestão?
Quando você pede:
– Sinto muito, não queria te magoar, mas eu assumo a responsabilidade pelos meus atos.
Quando você recebe :
– Eu te respeito, e te amo, e assumo a minha responsabilidade aqui. Mas não tiro a sua culpa e responsabilidade pelo o que fez.
Quem sabe assim minimizamos alguns futuros erros, e quem sabe assim nossos relacionamentos não fiquem mais leves, afinal, cada um carregara somente o peso que te pertence.