Se você é um(a) amante da natureza, provavelmente já se perguntou qual o impacto ambiental de viajar com seus cachorros – já te aviso que não é pouca coisa! É preciso ficar ligado(a) nas consequências para o meio ambiente e também para os cachorros, buscando sempre minimizar esses impactos. Por isso, aqui, compartilho alguns aprendizados que coletei pelo meu caminho.
Eu viajo há 2 anos pela América do Sul junto com meu companheiro e com nossos dois pets no carro. Uma vira lata raça pura e um labrador. Grandões e já idosos, os cachorros já deram todo tipo de dificuldade. Confesso que no começo, sequer tínhamos consciência do impacto de transitar com os nossos cachorros em novos ambientes e países, atravessando ecossistemas distintos.
Foi com o tempo e com a experiência pessoal que coletei as dicas para uma viagem com menos impacto ambiental que deixo aqui pra vocês – imperdível para quem viaja com seus pets!
A importância de evitar o impacto ambiental do seu cachorro
A passagem de qualquer animal por um certo ambiente deixa vestígios. Você sabe que seu cachorro subiu no sofá, por exemplo, porque ele deixa seus pelos e seu cheiro inconfundível. Temos certeza que há um ninho de pássaros na árvore, quando vemos seus ovos caídos no chão. Por melhor trabalho que se faça para proteger os bichos com quem viajamos, não tem como negar que a passagem deles pelo ambiente deixa pegadas pelo caminho.
Contudo, o pet deixa no ambiente mais do que somente a pegada de suas patinhas. Aonde passam, os pets deixam seus excrementos, fazem xixi e cocô, deixam seu cheiro, sua saliva e seu pelo. E essa é uma via de mão dupla. O ambiente também causa um impacto no corpo dos cachorros, que interagem a todo tempo com o seu redor. São muitas as possibilidades: bichinhos que os picam, uma planta que em que esbarram, algo que possam ingerir, a grama em que pisam, a água que bebem.
Como evitar que esse impacto tenha consequências significativas, para os pets e para o meio ambiente em que transitam?
Do cachorro para o ambiente
Quando pensamos nos dejetos que os cachorros deixam no meio ambiente, a primeira coisa que vem a mente são as fezes. Acho que nem preciso me estender nos possíveis danos que deixar o cocô do cachorro por aí por causar. Embora seja material bioegradável, o cocô do cachorro pode conter doenças (parasitoses são muito comumente passadas através das fezes de cachorros), pode deixar um cheiro desagradável, além de poluir o ambiente e afastar outros bichos do local.
Para evitar isso, é necessário sempre coletar o cocô do cachorro e descartá-lo na lixeira. Aquelas sacolinhas de plástico coloridas, nem pensar. São desnecessárias – um monte de plástico, embalado com plástico, vendido numa sacola de plástico. Já existem diversas opções mais sustentáveis – para retirar as fezes dos cachorros.
Para coletar o cocô dos pets, existem sacolas biodegradáveis produzidas por empresas brasileiras, tais como o Kit Cata Caca ou o PetBag com Pá Coletora, que funcionam da mesma forma e são biodegradáveis. Na hora de viajar com os cachorros, é importante separar um espaço na mala para levar um pequeno estoque dessas sacolas.
Para além disso, os cachorros só de transitarem por um local, deixam sinais muito menos evidentes, mas bastante fortes: seu cheiro, saliva, pelo. É por isso que, em alguns lugares, especialmente reservas ambientais com animais silvestres, a entrada de cachorros não é permitida – e é fundamental que essa orientação seja seguida! Não se deve viajar com cachorros para estes locais, para preservar o meio ambiente, sem afrontar os animais que lá vivem com o cheio natural do seu pet.
Do ambiente para o cachorro
Além do que pode ficar no local, há que se considerar aquilo que o ambiente pode deixar no animal. Ao viajar com cachorros por diferentes lugares, é possível que se transportem também os micro-organismos de um local para o outro. Para evitar que seu pet vire um reservatório de doenças, é super importante manter em dia as vacinas, os remédios antipulgas e carrapatos, como Bravecto ou Simparic, e a proteção antiparasitária como as coleiras Scalibor, Leevre ou repelentes.
Buscando uma solução mais natural e barata, é possível fazer um repelente natural para pets, deixando cravo-da-índia em álcool, em um recipiente fechado, por cerca de 4 dias. Utilizando esse produto, é preciso borrifar o cachorro todos os dias, especialmente quando o pet estiver em ambientes externos e nos dias chuvosos. Para mim, não foi a solução ideal. Preferi comprar as coleiras antiparasitárias, uma vez que meus cachorros já estiveram muito doentes, mas vi muita gente que fazia o repelente natural e seguiu com seus pets saudáveis.
É importante também verificar as endemias no local para onde você está levando seu pet. Cada região tem sua gama de doenças mais recorrentes. Vale pesquisar antes de subir o cachorro no carro ou no avião. Nada disso é barato, mas é o custo da prevenção. Acreditem, o custo das doenças é muito maior!
Espero que aproveitem as dicas compartilhadas. Viajar com cachorros tem seu trabalho, mas não tem felicidade maior do que compartilhar com eles a descoberta de novos lugares no mundo! Esse é um trajeto que pode, sim, ser feito de forma responsável, minimizando o seu inevitável impacto ambiental.
Aproveitem e compartilhem esse artigo com quem faz suas viagens com cachorros – e quer fazê-lo de forma consciente!
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nunca tinha pensado nisso… obrigada
Que legal que te trouxe uma nova visão sobre viajar com os cachorros. Curta muito sua viagem!